Foram quatro quilos de pedra Oxi apreendidos pela Civil |
A apreensão faz parte das ações de enfrentamento ao tráfico interestadual de drogas, cuja rota passa pela cidade santarena. A apreensão quebrou uma rota considerada extensa, na qual o transporte de entorpecentes é feito em duas etapas e tem como destino o Estado do Amapá, com passagem pelo oeste do Pará.
As investigações mostram que o esquema se dá da seguinte forma: primeiramente, a adolescente, que age como "mula" (responsável em receber a droga e levá-la até o destino), saiu em viagem de barco do Amapá até a cidade de Santarém, onde apanhou um ônibus, para seguir até a cidade de Itaituba, também no oeste do Pará.
Nessa cidade, ela recebeu a droga vinda do Estado do Amazonas, por meio de transporte terrestre, através da rodovia BR-230 (Transamazônica). Em seguida, a adolescente, que é natural de Santana (AP), apanhou novamente um ônibus da linha de Itaituba até Santarém, onde iria pegar a embarcação para retornar ao Estado do Amapá.
Pelo esquema, ela deveria entregar a droga a pessoas comandadas por seu irmão, que está preso em um presídio no Amapá, mas acabou flagrada antes de iniciar a viagem de retorno.
Ao ser detida, ela transportava em uma mala, no camorote da embarcação, quatro tabletes com peso de cerca de 4,3 quilos de cocaína. Após ser apreendida, a adolescente foi levada até o delegado Nelson Nascimento, superintendente interino do Baixo e Médio Amazonas, a quem apresentou uma carteira de identidade falsificada, na qual apresentava idade de 19 anos.
Em depoimento, ela confessou ao delegado que falsificou o documento no Estado do Amapá para poder circular livremente nas embarcações e ônibus interestaduais, onde se exige documentação. Ela confirmou ainda já ter realizado anteriormente a mesma viagem até o Pará, com quantidades similares de drogas, por outras duas vezes. "Ela, inclusive, disse ter vindo com outras garotas, adolescentes, que atualmente já seriam adultas", apurou o delegado.
A Polícia Civil verificou, durante as investigações, que para fazer o trajeto utilizado no esquema, outros traficantes envolvidos mantinham contato com pessoas liagadas ao crime, para reservar hospedagens em hotéis e comprar antecipadamente passagens para embarcações e ônibus de viagem na região.
"Estamos investigando a participação de cada um", assevera. A operação faz parte das ações de enfrentamento ao tráfico de drogas, que reúne diversas pessoas e agrega outras condutas criminosas, como o aliciamento de crianças e adolescentes no esquema, como forma de tentar despistar policiais. A droga foi enviada para perícia, enquanto a adolescente foi enquadrada, por tráfico de drogas, conforme previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
Nenhum comentário:
Postar um comentário