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terça-feira, 5 de novembro de 2013

MP Federal quer barrar mina de ouro canadense na Amazônia



Os povos indígenas do Xingu temem pela aprovação
Em pouco dias, uma enorme mineradora canadense poderá ser autorizada a construir a maior mina de ouro a céu aberto do Brasil e, muitos temem, despejar toneladas de produtos químicos venenosos no coração da Amazônia. Agora, apenas um levante de preocupação pública pode evitar essa corrida insana pelo ouro, em pleno século 21, e salvar a vida de comunidades indígenas locais.
A extração de metais preciosos pode envolver o uso de produtos tóxicos como cianeto e arsênico, o que pode colocar em risco a água doce e os peixes do rio Xingu. A mina é tão perigosa que até mesmo o Ministério Público Federal está exigindo que o governo negue a licença até que uma avaliação adequada do seu impacto sobre as terras vizinhas dos povos indígenas -- os Arara e Juruna -- seja feita. As autoridades do Pará seguem pressionando pela aprovação do projeto baseadas em estudos repletos de irregularidades.
Este debate fundamental está acontecendo neste momento, em grande medida fora do radar da imprensa e da opinião pública. O presidente do IBAMA, Volney Zanardi Júnior, lavou as mãos para o problema. Mas se muitos de nós pedirmos a ele e à Presidente Dilma que intervenham, nós ainda podemos proteger estes ecossistema precioso. Assine e espalhe a campanha agora -- Quando chegarmos a 250.000 assinaturas, a Avaaz colocar o assunto em pauta para forçar o governo a agir:
Planejada para ser construída a apenas alguns quilômetros de Belo Monte, a Belo Sun Mining Corporation, empresa com sede em Toronto, afirma que sua nova mina vai ajudar as comunidades indígenas locais, proporcionando um impulso na economia local, além de financiar novas escolas e hospitais. Mas o relatório de impacto inicial da mina, apresentado pelo governo do Estado, estava repleto de falhas, e foi produzido sem qualquer consulta aos povos Arara e Juruna que vivem nas proximidades - uma violação direta da Constituição brasileira e de tratados de direitos humanos.
A hidrelétrica de Belo Monte já está causando grandes transtornos na região - grupos indígenas ocuparam várias vezes o canteiro de obras, dezenas de processos estão questionando sua legalidade e, recentemente, um juiz federal até determinou a suspensão da construção. Essa mina de ouro, tal qual Belo Monte, poderá ameaçar ainda mais esse frágil ecossistema, e sequer trará benefícios aos brasileiros pois significativa parte das centenas de milhões de reais de lucro iriam diretamente para os bolsos de um consórcio canadense. Numa época pré-campanha eleitoral, com Dilma provavelmente enfrentando uma oposição com fortes candidatos verdes, como Marina Silva, essa mina poderia ser uma pedra em seu sapato -- uma pedra da qual ela deve preferir se ver livre.
O processo de licenciamento está acontecendo silenciosamente, e a questão ainda não se tornou uma batata-quente. Nós podemos mudar isso com um enorme apelo para impedir o que é visto por alguns como uma devastadora corrida ao ouro no coração da Amazônia. Assine agora:
Desde a estreita colaboração com o povo Guarani-Kaiowa para evitar sua expulsão das terras de seus ancestrais, até o apoio aos protestos dos povos indígenas contrários à Belo Monte, a nossa comunidade no Brasil está consistentemente na linha de frente da luta para proteger o nosso planeta dos interesses gananciosos daqueles que o colocam em perigo. Agora não é diferente, vamos defender a Amazônia contra essa megamineradora.

Com esperança e determinação,

Michael, Joseph, Carol, Nádia, Diego, Luis, Ricken e toda a equipe da Avaaz.

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