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terça-feira, 5 de novembro de 2013

"Doutores das Águas" montam barco ambulatório para atender pacientes na Amazônia


Doutores das Águas atendem comunidades na Amazônia

O alívio gerado por um pequeno frasco de analgésico serviu como ponto de partida para uma expedição que este ano prestou atendimento médico a 1,3 mil moradores de comunidades ribeirinhas da Amazônia. Entram na conta também 846 tratamentos dentários, que vão além das costumeiras extrações.
Os serviços são prestados pela ONG Doutores das Águas, um grupo de voluntários que, desde 2011, embarca uma vez por ano para melhorar a qualidade de vida de quem demora até três dias apenas para chegar a um posto de saúde. “Coisas que para nós são muito simples para eles representa um impacto tremendo”, conta o idealizador do projeto, o urologista Francisco Leão.
Verminoses e cáries estão entre os principais problemas. “Eles têm peixe, castanha, mandioca, têm fruta. Mesmo que eles não plantem, têm o necessário para ter uma boa saúde em termos nutricionais. Só que as verminoses acabam com isso”, conta a coordenadora do projeto, Sônia Fortes. Os médicos contam que a população vive bem, mas sem hábitos básicos de higiene, como ferver a água e escovar os dentes.
As crianças recebem educação e atendimentos bucais
Entre as crianças, os vilões são os doces trazidos de viagens a centros urbanos mais próximos. Eles se juntam ao consumo diário da farinha de mandioca, que não é acompanhado por escovação. “A quantidade de cáries nas crianças é assustadora, muito diferente do que vemos nas grandes cidades porque não há nenhum tipo de tratamento preventivo. Tem crianças que ficam três dias sem dormir por causa de dor de dente”, conta o dentista Luciano Moura.
Crianças recebem escova de dente; famílias costumavam ter apenas uma em casa
Por conta da falta de prevenção e tratamento, o medo do dentista é a primeira reação. “Dentista, quando aparece algum lá, é para arrancar dente”, diz Moura. Em alguns casos, a solução é mesmo extrair. Mas para os pequenos moradores, uma simples restauração resolve o problema e faz com que aos poucos, ganhem confiança para sentar na cadeira do dentista. E para sorrir. (Por Clarice Sá - iG SãoPaulo).

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