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quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Marinha testa avião não tripulado para proteger a Amazônia

O Vant pesa apenas 14 Kg
A Marinha do Brasil testou na última terça-feira (18) um Vant (veículo aéreo não tripulado) da empresa americana Boeing. O objetivo do teste foi analisar as características do Vant, para a escolha dos equipamentos que serão comprados com a função de patrulhar a Amazônia Azul (3,6 milhões de km2 ao longo de todo o litoral brasileiro, área de expressiva biodiversidade marinha).
O teste foi realizada em alto mar, a 12 km da costa de Arraial do Cabo, na Região dos Lagos fluminense. O aparelho decolou do navio-patrulha oceânico Apa.
Também chamado de drone, o vant é um pequeno avião com câmera e sem piloto que sobrevoa o mar e é controlado remotamente por um operador dentro do navio.
Com ele é possível aumentar o campo de visão dos militares, que poderão identificar outras embarcações e até mesmo avistar cidades no litoral, a quilômetros de distância.
Os militares brasileiros ainda não testaram o veículo na altura máxima (6.000 metros), por isso ainda não sabem o limite de alcance do pequeno avião.
O vant testado na terça é o modelo ScanEagle, fabricado pela Boeing em parceria com a subsidiária Insitu. Semelhante a um avião, mede 3,11 m entre as asas fixas e até 1,71 m de comprimento.
A estrutura pesa entre 14 kg e 18 kg (vazia) e 22 kg com combustível. Com autonomia de 24 horas (pode sobrevoar um dia inteiro sem precisar ser abastecido), o vant alcança velocidade máxima de 41 metros por segundo.
Em maio, a Marinha fará novo teste com o Camcopter-S 100, da empresa austríaca Schiebel. Parecido com um helicóptero, o modelo possui asa rotativa e autonomia de 15 horas.
Diferentemente de outros vants adquiridos pelo Brasil, o que será comprado pela Marinha servirá o somente para patrulha marítima.
O engenheiro aeronáutico responsável pela coordenação dos testes, capitão-de-fragata Marcelo Rodrigues, disse que "esses modelos não têm armamento e só podem ser usados para vigilância no mar".
— Com esses testes, a Marinha analisa o quão boa é essa vigilância e a capacidade de detecção dos equipamentos.
Até 2023, a Marinha planeja adquirir cinco sistemas, que incluem uma estação de controle, antenas sinalizadoras e duas ou três aeronaves (o número vai variar de acordo com o fabricante). Ou seja, em nove anos, o País terá de dez a 15 vants. Até 2030, essa quantidade deve dobrar, de acordo com a Marinha. Cada sistema custa em média US$ 6 milhões.

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