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quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Floresta Nacional do Tapajós recebe a Jungle Marathon

Essa é a prova mais difícil do Planeta
De 03 a 12 de outubro, a Flona (Floresta Nacional do Tapajós), situada próximo a Alter do Chão, será a sede da Jungle Marathon, a Ultramaratona da Selva, sob as regras de sustentabilidade e conservação da UC (Unidade de Conservação)
Ultramaratonistas de várias nacionalidades irão percorrer os caminhos e as trilhas da Floresta Amazônica nos percursos de 42, 126,62 ou de 259,54 quilômetros, divididos em 1, 4 ou 7 dias, respectivamente. O quinto dia é o mais desgastante, pois os atletas terão que percorrer a incrível distância de 108 quilômetros, sem parar. No final de cada estágio os corredores compartilharão de acampamentos no estilo amazônico, onde irão montar sua rede para dormir, recuperar as forças e preparar sua estratégia para a etapa do dia seguinte.
A prova, ainda pouco conhecida no Brasil, é mundialmente respeitada e temida, tendo sua última edição retratada em diversas revistas especializadas pelo mundo. Foi considerada no ano passado pela CNN, a prova mais difícil do planeta, em razão do clima, diversidade de terreno e altimetria do percurso amazônico. E é justamente essa condição extrema que atrai atletas das mais diferentes modalidades e perfis. Estarão presentes este ano 65 atletas de 20 nacionalidades diferentes, dentre os quais, 12 mulheres.
A 9ª edição da ultramaratona terá apoio logístico do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), responsável pela gestão da Flona do Tapajós, que vem adotando como linha de atuação a ligação entre o esporte e a conservação da biodiversidade. A identidade visual do evento e o guia impresso para a corrida, que traz, inclusive, informações sobre o ICMBio e a Floresta Nacional do Tapajós, foram feitos pela Divisão de Comunicação (DCOM) do Instituto. A equipe da Flona e de UC vizinhas também participarão do apoio logístico e operacional, aproveitando para divulgar a missão institucional do ICMBio.
Para Gustavo Costa Rodrigues, coordenador-geral de Planejamento Operacional e Orçamento do ICMBio, que participa pelo segundo ano consecutivo da prova de 259,54 quilômetros, é a oportunidade de conhecer um pedaço da Amazônia que seria inviável visitar de outra forma. "Dormiremos cada dia em uma aldeia indígena ou comunidade tradicional, participando do seu dia a dia e conhecendo seus costumes. Um desafio que nos transforma física e mentalmente, chegando ao extremo do desgaste muscular, compensado pelas belezas incomparáveis da floresta nacional e seu pôr do sol inesquecível".
Shirley Thompson, organizadora do evento, enfatiza que desde a primeira edição menos de 50 brasileiros conseguiram terminar a prova. "Estou muito feliz porque haverá mais atletas brasileiros este ano. Acho que está na hora de termos um vencedor do Brasil." O recorde da prova é do britânico Duncan MacRae, que venceu no ano passado com o tempo de 39 horas e 8 minutos.
O chefe da Floresta Nacional do Tapajós, Fábio Menezes de Carvalho, destaca que, com aproximadamente 527 mil hectares – sendo mais de 160 quilômetros de praias –, cobertura florestal fortemente preservada, o rio Tapajós com suas águas verdes e mornas e a enorme beleza cênica da região, a Flona é uma das UC mais visitadas na região Norte do Brasil. "Hoje ela é uma das unidades mais prósperas e protegidas da Amazônia, com grande diversidade de atividades, inclusive esportivas, entre elas a mais importante ultramaratona de selva do planeta, a Jungle Marathon", frisa.

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