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domingo, 4 de agosto de 2013

Saúde indigena é prioridade do "Programa Mais Médico"

Indios Terena em comemoração
Brasília – Se são grandes as dificuldades do governo federal em encontrar médicos para trabalharem nos municípios do interior, o que dizer das dificuldades para contratar profissionais dispostos a se embrenharem nas florestas brasileiras a fim de atender às populações indígenas. Este é um dos desafios da Secretaria Especial da Saúde Indígena (Sesai), segundo o secretário, Antônio Alves de Souza.

“Não é à toa que a saúde indígena está entre as prioridades do Programa Mais Médicos”, disse à Agência Brasil. Em todo o país há 750 postos de saúde em aldeias, e menos de 300 médicos atendendo. “O problema é que a absoluta maioria deles está em locais próximos a cidades, nas regiões Sul, Sudeste e Nordeste, enquanto 68% da população indígena vive na Amazônia Legal”, informou o secretário.
De acordo com Souza, os estados que apresentam maior vulnerabilidade são Acre, Amapá, Pará, Maranhão e Piauí. “O país precisa de, no mínimo, mais 200 médicos para atender à saúde indígena”, acrescentou.
O Mais Médicos tem como meta levar médicos para atuarem na atenção básica à saúde em regiões pobres do Brasil, em especial na periferia de grandes cidades e em municípios do interior. “Muitos médicos se recusam a trabalhar 40 horas semanais. Por isso, avaliamos ser melhor termos dois médicos com carga de 20 horas do que um de 40 horas”.
Para fiscalizar as ações dos órgãos subordinados à Sesai, há um sistema de divulgação de escalas de profissionais da saúde no site da secretaria. O secretário diz que há, ainda, outras ferramentas que dão condições para a fiscalização dos serviços. “Ao final de cada mês, a produção feita tem de ser apresentada, e as informações que nela constam [em geral, referentes a atividades feitas em localidades remotas] podem ser confirmadas por meio dos GPS instalados nos veículos”. (Exame.com).

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