Com as mãos calejadas, "Zezão" fala da sua paixão |
Na beira do lago do
Jacundá encontramos a casa do pescador Zerinaldo Ferreira Silva, 49 anos,
conhecido como “Zezão”. Os vizinhos de “Zezão” costumam falar que ele é considerado
como o “Neymar” das pescarias em Alter do Chão.
Segundo eles, o “Zezão”,
pescador profissional, sabe como poucos, à hora em que o cardume de peixe está
passando em um determinado lugar. O segredo, ele revela, está na temperatura da
água.
“Quando a temperatura
da água está quente no fundo e fria na tona é hora do cardume subir para se
refrescar”, explica.
E pasmem, ele identifica
a espécie do cardume que está passando pelo barulho das batidas das nadadeiras
do peixe na água.
Morador de uma casa bem
simples na beira do lago do Jacundá, “Zezão” costuma pescar sozinho e sempre
que sai para uma pescaria pede proteção divina e sai em busca da sua
sobrevivência. As mãos, calejadas e grossa como uma lixa, mostram como é o
dia-a-dia do pescador que só utiliza linhas de naylon nas suas pescarias.
Ele conta que numa
dessas pescarias, fez uma aposta com um irmão e um primo. Eles teriam que comer
90 xaperemas, 4 pacus, 4 aracus, 2 jaraquis para poderem saborear depois um
tucunaré de aproximadamente sete quilos, o peixe mais nobre que conseguiram fisgar
na pescaria.
Comeram todas as
xaperemas, pacus, aracus e jaraquis e ainda saborearam o “Tucunaré”e no final
ainda fizeram um munjica para rebater o almoço. Será que eles gostam de peixe.
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