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quarta-feira, 31 de julho de 2013

Relatório a ser divulgado pela ONU prevê Amazônia 5ºC mais quente até 2100

A Amazônia está ameaçada de savanização
 Agência Brasil

O Brasil, um país que depende do regime de chuvas para as hidrelétricas e da estabilidade do clima para a agricultura, enfrentará mudanças climáticas desafiadoras nas próximas décadas. São essas as conclusões prévias das projeções do 5o Relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas da ONU (IPCC), com lançamento esperado para setembro de 2013. O documento é elaborado por pesquisadores do mundo inteiro. Entre eles, diversos brasileiros.
Os modelos de computador que tentam antecipar alterações do clima até 2100 preveem aumentos de temperatura superiores a 5 graus célsius na Amazônia e 3 na Caatinga, com redução de chuva de até 40%. O semiárido nordestino corre o risco de ficar ainda mais seco. Parte do Cerrado, no Centro-Oeste, poderá sofrer desertificação.
A Amazônia está ameaçada de savanização, com secas extremas, como dos anos de 2005 e 2010. No Sul, o aquecimento médio de até 3 graus pode trazer mais água. Para a Região Sudeste, o resultado pode ser a maior ocorrência de eventos extremos, como temporais em áreas já suscetíveis a enchentes, caso de Rio de Janeiro e São Paulo.
Estamos mal preparados para essas mudanças. Para atender à demanda interna e externa até 2040, o país precisará aumentar em 70% a produção global de comida até 2040, diz Marcos Buckeridge, pesquisador da Universidade de São Paulo (USP) e integrante do IPCC. “Um aumento de temperatura de 4 graus impediria o Brasil de se sustentar como uma potência agrícola.”
A Embrapa pesquisa variedades de café, soja, feijão, milho e cana-de-açúcar que resistam melhor à seca e ao calor. Esse tipo de adaptação será importante para garantir a riqueza de nossas safras.

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