A diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) definiu que as novas tarifas valem para as mais de 1,9 milhão de unidades consumidoras localizadas nos 144 municípios do Estado. O reajuste para consumidor empresarial é de 4,36%. Segundo o Dieese, esse é o 14º reajuste realizado desde 1998 na tarifa, e o acumulado já chega a 285%, contra a inflação estimada em 161%.
Para os grandes consumidores (indústria e comércio), o reajuste acumulado no mesmo período também é expressivo. Segundo o Dieese/PA, nos últimos 11 anos, o reajuste médio para os setores já soma um total de 165%.
O fator que teve mais impacto no valor da tarifa foi o uso de energia das térmicas. De acordo com a Aneel, o baixo nível de água nos reservatórios das hidrelétricas trouxe a necessidade de acionar usinas térmicas, cujo custo de geração é maior que o das hidrelétricas. Além disso, a Aneel levou em consideração o custo de geração, de transmissão e a atualização monetária que tem como base o Índice Geral de Preços do Mercado (IGPM).
A parte que fica com a Celpa foi o que menos impactou no novo valor da tarifa vigente no Pará, com um percentual de 2,71% de reajuste. Esse índice foi o menor que a inflação do período, que foi de 5,12% de IGPM.
Ainda assim, desde a privatização da Celpa em 1998, os reajustes estão bem acima da inflação medida por qualquer índice de preços e também acima dos reajustes salariais obtidos no mesmo período, segundo o Dieese. O que se espera é que o aumento da tarifa traga também melhorias no serviço prestado a população, que reclama bastante do serviço.(Diário do Pará)
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