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terça-feira, 26 de novembro de 2013

Google e Facebook vão testar internet com balões na Amazônia

Projeto Loon, parcerias entre a Google e Facebook
São PauloHá 4,3 bilhões de pessoas vivendo off-line, segundo a estimativa da UIT (União Internacional de Telecomunicações), órgão que faz parte da Organização das Nações Unidas (ONU). Isso representa 61,2% da população mundial. Para levar a internet a esse contingente (e faturar com isso), o Facebook e o Google anunciaram que estão trabalhando em ambiciosos projetos de inclusão digital.
Com o Loon, o Google diz que levará internet para áreas remotas ou devastadas usando balões equipados com antenas de radiofrequência, com velocidade comparável à do 3G, segundo a empresa.
No primeiro semestre do ano que vem, a iniciativa será testada na Amazônia. “Este projeto certamente contribuirá de forma significativa para ampliar o acesso à internet na área, extensa e onde é difícil chegar com tecnologias tradicionais”, disse em nota o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, após uma reunião com representante do Google, no mês passado, segundo o governo federal.
Apesar de não divulgar o investimento na parceria com a empresa americana, o ministério diz que ela tem “custos razoáveis”. O Loon - nome de uma espécie de ave marinha - está em fase de testes desde junho, na Nova Zelândia, onde cerca de 30 balões foram lançados; 50 moradores eram responsáveis por controlá-los.
“Soa como um pouco de ficção científica, mas tenho certeza de que o projeto vai se tornar realidade”, disse Sameera Ponda, engenheira do Google. “Levar internet a todos com balões é mais fácil e barato do que fazê-lo através de satélites”, acrescenta.
Um análogo da ação do Google, mas que usa balões afixados ao solo, foi apresentado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), do governo federal, no último dia 14, quando foi testado em Cachoeira Paulista (SP).
O balão brasileiro leva rádios para transmitir em um raio de até 50 quilômetros dados em velocidade de banda larga, segundo o órgão. A iniciativa, chamada de projeto Conectar, tem apoio de ‘empresas especializadas’, da Telebrás e do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqD).

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