A Transamazônica e a........ |
As
rodovias BR-163, que liga Santarém, no Oeste do Pará, a Cuiabá
(MT), e a Transamazônica, que liga Cabedelo, na Paraíba, a Lábrea, no Amazonas,
começaram a ser construídas na década de 70 pelo governo federal e ainda não
foram finalizadas. O fluxo de carretas e caminhões é cada dia maior na região.
Esses veículos são responsáveis por transportarem os produtos que movimentam a
economia dos estados do entorno das vias. Mas, a qualidade do tráfego em longos
perímetros gera prejuízo aos caminhoneiros e empresários.
A demora
da conclusão do asfaltamento dessas estradas custa caro para quem passa a maior
parte da vida por elas. O caminhoneiro Sidnei Martins acredita que a BR-163
está em melhores condições que a Transamazônica. "Hoje, está melhor que
antigamente. Eu já cheguei a gastar 5 dias para chegar em Santarém. Hoje em
dia, chego em dois dias. Se estiver seco, em um dia chego", explica.
As
dificuldades para trafegar nas duas rodovias tem refletido na economia na
maioria das cidades que dependem delas para o abastecimento do mercado local. O
empresário João Rodrigues relata perda de mercadorias devido à demora dos
caminhoneiros nas estradas. "Você vem com verdura, aí passa três dias nas
estradas, aí você perde. Gado também, como já aconteceu de morrer muito gado
devido passar cinco, oito dias na viagem. Aqui a gente é esquecido",
afirma.
.........e a BR-163, há 40 anos sem conclusão |
Os
produtores e empresários vivem atualmente com a expectativa que as obras de
recuperação e asfaltamento da BR-163 avancem e que a rodovia seja concluída. As
máquinas do Exército brasileiro estão trabalhando em vários trechos da BR,
entre os municípios de Santarém e Rurópolis. Em alguns pontos, apenas um
sentido da pista está sendo usado, o que torna o risco de acidentes em
evidência. Alguns caminhões seguem viagem em comboios para maior segurança.
Caminhoneiros
como Josias de Almeida, conhecem bem o resultado das péssimas condições dessas
estradas e sonham com a conclusão das obras para que tenham o dia a dia com
menos prejuízos. "Agora está melhorando, mas ainda tem muito para melhorar
porque a gente trabalha com produção e, se demora, a gente perde. Os caminhões
quebram, fura muito os pneus", conta.
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