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terça-feira, 30 de julho de 2013

Pará tem o pior Índice de Desenvolvimento Humano


O Pará tem o pior IDH-M
O Índice de Desenvolvimento Humano medido pelas Nações Unidas avançou de forma acelerada nos municípios brasileiros nos últimos 20 anos.
A educação melhorou muito, mas a qualidade do ensino ainda é o ponto mais fraco do nosso IDH. O resultado poderia ter sido melhor se não fosse a educação.
Essa é a principal preocupação de especialistas. A qualidade, o que os alunos aprendem, não é medida pelo Índice de Desenvolvimento Humano, mas o número de matrículas é levado em conta. O IDH mostrou ainda que as desigualdades entre as regiões do país diminuíram, e a renda média das famílias melhorou nos últimos 20 anos.
Amplas áreas verdes. Boas escolas, renda média alta. Na comparação com os estados brasileiros, o Distrito Federal se destaca em vários setores.
Apesar de ter os melhores índices de renda e educação, o Distrito Federal é também exemplo de contrastes que chamam a atenção. Quem mora lá, a pouco mais de dez quilômetros do centro de Brasília, não tem água tratada, coleta de lixo e nas ruas, nada de asfalto.
“Entra governo, sai governo, fala que vai mudar, vai melhorar, vai asfaltar, e nunca muda”, diz Karina Pereira Batista, auxiliar de serviços gerais.
A pesquisa do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento analisou os censos demográficos de 91, 2001 e 2010 e aponta uma melhora geral nas condições de vida do brasileiro.
O Índice de Desenvolvimento Humano dos Municípios era considerado muito baixo há 20 anos. Em uma classificação entre zero e um, estava em 0,493, passou para 0,727 e hoje é avaliado como alto.
São Caetano do Sul, em São Paulo, é o município que tem o maior índice. “Adoro isso aqui, meus filhos nasceram aqui, minha esposa nasceu aqui”, diz Wagner Garcia, aposentado.
Já Melgaço, no Pará, tem o pior IDH-M. Os 48 municípios com os índices mais baixos estão nas regiões Norte e Nordeste. A pesquisa levou em consideração três indicadores: renda, expectativa de vida e educação.
No geral, a renda média da população brasileira cresceu 76% em 20 anos. O que mais contribuiu para a melhora geral dos municípios foi o aumento na expectativa de vida do brasileiro, provocado pela queda nas taxas de fecundidade e mortalidade.
O setor que ajudou menos foi a educação, embora  o índice tenha avançado muito. Subiu 128% de 91 para 2010, mas como estava muito baixo, continua longe do ideal.
Os pesquisadores dizem que o principal desafio é a educação de jovens e adultos. “O grande gargalo do sistema educacional brasileiro hoje é o ensino médio. O problema é que a escola, o ensino médio, não tem conseguido atrair e cativar os jovens. A gente tenta ensinar muita coisa, e ensina mal, motiva mal as pessoas”, declara Marcelo Nery, presidente do Ipea.
De acordo com o coordenador da ONU no Brasil, a pesquisa revela um retrato positivo do país, mas ainda há desigualdades preocupantes. “A desigualdade no Brasil é menor do que era no ano 91 e do que era no ano 2000. O Brasil era um dos países mais desiguais do mundo no princípio dos anos 90 e ainda é uma sociedade, um país muito desigual”, diz Jorge Chediek, coordenador da ONU no Brasil.
Apesar das diferenças que ainda persistem, a pesquisa revelou também uma redução nas diferenças de desenvolvimento entre as regiões Norte e Sul do país.

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