29 grandes barragens previstas para o Rio Tapajós |
Um dos documentos cita a intenção do
governo brasileiro de construir 29 grandes barragens na bacia do Rio
Tapajós, em um complexo hidrelétrico de 6.133MW, que incluirá também
seus afluentes Teles Pires, Juruena e Jamanxim. As ONGs apontam que o
processo está sendo conduzido de forma unicamente política, sem a
consulta dos índios e ribeirinhos atingidos.
As ONGs citam ações movidas pelo
Ministério Público Federal (MPF) e a pressão que seria exercida pelo
governo para suspender decisões favoráveis, utilizando um instrumento
jurídico conhecido como "Suspensão de Segurança", que também teria sido
utilizado no processo de Belo Monte (11.233MW). Segundo o documento, o
artifício legal, com origem na época da ditadura militar, permite que
presidentes de tribunais, a pedido da Advocacia Geral da União (AGU) e
outros órgãos governamentais, a suspender decisões de juízes e
tribunais, com base em supostas ameaças à segurança nacional e à ordem
econômica e social.
Ao final, o grupo pede à ONU que
investigue a suspensão de segurança nos casos relativos aos grandes
projetos e organize um evento para discutir o tema.
Na outra carta, na qual pedem que os
estados participantes da ONU cumpram a Convenção nº 169 da Organização
Internacional do Trabalho (OIT), criticam o modelo
desenvolvimentista. "Os estados justificam os megaprojetos argumento
sobre a necessidade de desenvolvimento e a superioridade dos interesses
nacionais sobre os interesses particulares dos povos indígenas", disse.
Esses assuntos também foram debatidos
durante a 25ª sessão do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas,
no no evento “O direito das populações indígenas à consulta sobre
grandes projetos hidrelétricos no Brasil”,
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