Acusados de matar casal em Alter do Chão são condenados a 186 anos de prisão

Os três foram condenados a 186 anos de prisão

Os acusados de matar o casal Mauro Borges e Jéssica Gomes no dia 21 de outubro de 2012, em Alter do Chão, foram condenados pela Justiça. A pena não foi divulgada pelo Ministério Público do Estado do Pará (MPE), nem pelo juiz responsável pelo caso, no entanto, familiares que tiveram acesso às informações da sentença confirmaram as condenações.
A irmã de Mauro, Núbia Borges, por telefone, contou com exclusividade ao Site que recebeu a notícia sobre a sentença na manhã desta quinta-feira (24) porque uma amiga que trabalha no Fórum teria informado a família.
Segundo as informações repassadas pela família ao Site, os três réus foram condenados pela morte de Mauro e Jéssica. Luís Carlos Santos Silva, o "Panga', teria sido condenado a 64 anos e 3 meses de prisão; Manoel José Silva dos Anjos, o "Nenel", a 62 anos e 7 meses e Luan Rafael Medeiros, conhecido por "Beiçola", a 60 anos e 3 meses.
"Uma vitória, pois estávamos muito confiantes. A gente sempre pedia a Deus para nos auxiliar nesse caso. Não vai trazer ele de volta, mas a justiça feita vai fazer ele descansar em paz", afirma.
A mãe, Lucimar Borges, também acredita que a sentença foi positiva para a família. "Quando soube, me senti grata à Deus, porque nosso advogado é ele", declara.
Os advogados de Luiz Carlos e Luan Rafael afirmam que ainda não foram notificados da decisão judicial, mas se confirmada a condenação, irão recorrer. A equipe de reportagem não conseguiu contato com o advogado de Manoel José da Silva.
 
Entenda o caso
Mauro Borges e Jéssica Gomes desapareceram no dia 21 de outubro de 2012. Eles foram encontrados mortos no dia 23, próximo à Serra Piroca, em Alter do Chão. Os corpos estavam com perfurações de faca, e Jéssica, com um tiro na cabeça.
Três jovens foram presos e três adolescentes apreendidos suspeitos de serem os autores do crime. Luíz Carlos Santos Silva, o "Panga', de 19 anos; Manoel José Silva dos Anjos, "Nenel"; 18 anos; e Luan Rafael Medeiros, conhecido por "Beiçola", de 20 anos foram presos pela Polícia Civil.
Os suspeitos maiores de idade tiveram a prisão temporária decretada e o juiz da 6ª Vara Penal de Santarém deferiu a conversão para prisão preventiva dos três. Com a concessão da prisão preventiva, foi possível manter os suspeitos presos.
À época, os adolescentes foram encaminhados à Fundação de Atendimento Socioeducativo do Pará (Fasepa), mas foram liberados e aguardam o resultado final do processo.