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quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Aumenta o perigo de ferroada de arraia em Alter do Chão


É na travessia a nado para a ilha que ocorre o ataque
Nesta época do verão amazônico, principalmente entre os meses de setembro a dezembro, as águas do rio Tapajós baixam e as belas praias que surgem são atrações que encanta qualquer turista. Mais por trás desse espetáculo belíssimo da natureza, o banhista precisa ficar atento para um perigo que surge todos os anos e tem feito várias vítimas. A ferroada de arraia. Apesar de não ser mortal, ela traz consequências graves.
Somente neste mês de outubro, foram registradas várias ocorrências no Posto de Saúde da vila balneária de Alter do Chão. As maiorias das vítimas são turistas desavisados, que mergulham em locais propícios para esse tipo de ocorrência. Acidentes com a ferroada de arraias tornam-se comuns nessa época do ano.
A maioria desses animais vive no fundo do rio, repousando na areia. Com a estiagem, o fundo fica raso, e é aí que mora o perigo. Embora sejam animais de natureza dócil, acabam se tornando agressivas, usando seu instinto de proteção.
De acordo com o médico Frederico Neves, que atende no posto de Saúde da vila balneária, o ferrão da arraia é um espinho serrilhado e pontudo, semelhante a um osso, coberto por uma pele e um muco onde se encontra o veneno.
“A ferroada resulta em sangramento e corte profundo na pele, provocado pelo ferrão, dor e inchaço causados pelo veneno”, explica o médico. “Pode haver infecção, formação de pus, apodrecimento da pele e até necrose, se a vítima não fizer o tratamento adequado”, adverte.
A ferroada provoca sangramento e corte profundo
Ele alerta que em caso de acidente, a primeira providência é lavar bem a ferida com sabão e água morna, que diminui a dor. Em seguida, procurar atendimento médico para fazer o curativo na ferida e verificar a necessidade do uso de remédios para controlar a dor e infecção. Além de dor intensa por cerca de duas horas, aparecem muitas vezes sintomas como febre, suores, náusea, agitação e vômitos. A recuperação sempre exige o repouso.
Seria importante que a administração da vila balneária colocasse placas nos locais com maior incidência, advertindo os turistas para o perigo nessa época do ano. 

 COMO EVITAR E PREVENIR-SE DO FERRÃO DA ARRAIA


1º - Sempre antes de descer de qualquer embarcação, após uma pesca, passeio... use a mão, um graveto, galho de árvore ou o remo para bater sobre a água. Assim, se houver alguma arraia fixada na areia ou lama, você afugentará e ela com certeza irá fugir, pois esse é o instinto delas.
2º - Numa pesca de praia, caso for arremessar com água até o joelho, procure arrastar os pés de modo à evitar pisar nas nadadeiras da arraia. Caso contrário, você pode pisar numa e ela certamente reagirá ferroando seu pé, pantorrílha ou perna causando enorme estrago.
3º - Na pesca de praia, é sempre comum, pescadores manipularem a arraia sem imobilizar primeiro que tudo, sua calda, ficando assim, expostos e vulneráveis a uma ferroada à qualquer momento.

COMO TRATAR A FERROADA DAS ARRAIAS

  • Se não houver como remover a vítima de imediato, para um pronto atendimento ou hospital, o melhor a fazer é: Mergulhar o local afetado com água morna com uma temperatura de até 45º (graus) durante 1 hora e meia precisamente.
  • IMPORTANTE: Cientificamente, a água quente é comprovadamente o meio mais eficaz de amenizar a dor.
  • Durante esse tempo, aproveite para remover quaisquer tipo de resíduos de local pedaços do ferrão, lodo ou lama, qualquer tipo sujeira que possa infeccionar o local onde penetrou o ferrão.
  • Utilize compressas com água quente na toalha ou na bolsa térmica e nada mais que isso. Não faça outros tipos de procedimentos duvidosos e leve a vítima o mais rápido possível para ela seja medicada por profissionais e vacinada contra tétano.

Um comentário:

  1. Muito bom Sávio, parabéns pelas informações! É disso que estamos precisando. Abraço. Dr. Fred

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